quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

PREÂMBULO DAS HISTÓRIAS DO VER E DO NÃO VER

2 comentários:

José Sobral disse...

PREÂMBULO (UM CONSELHO A SEGUIR)


Muitas pessoas têm um ou uma amante e outras
gostariam de o ter.
Há também aquelas que nunca tiveram e as que já
tiveram e perderam.
Geralmente, são estas últimas as que vêm ao meu
consultório para me contar que estão tristes ou que
apresentam sintomas típicos de insónia, apatia, pessimismo,
crises de choro ou as dores mais diversas. Elas contam-me
que as suas vidas decorrem de forma monótona e sem
perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que
não sabem como ocupar o seu tempo livre. Enfim, são
várias as maneiras que encontram para dizer que estão
simplesmente a perder a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, já tinham visitado
outros colegas meus, onde receberam as condolências de
um triste e concreto diagnóstico: "Depressão", além da
inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atenta e pacientemente, digo-lhes
que elas não precisam de nenhum anti-depressivo, mas
sim que precisam é de um AMANTE!
É impressionante observar a expressão dos seus olhos,
depois de receberem este meu conselho. Há aquelas que
pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a
sugerir uma barbaridade destas?!". Há também as que,
chocadas e escandalizadas, se despedem e nunca mais
voltam. Há, porém, as que decidem ficar e não fogem
horrorizadas e, a essas, eu explico-lhe o seguinte: amante é
"aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso
pensamento antes de adormecermos e pode ser também
aquilo que, por vezes, nos tira totalmente o sono. O nosso
AMANTE é tudo aquilo que nos abstrai de tudo que
acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a
motivação da nossa vida. Por vezes, encontramos o nosso
Amante no nosso parceiro; outras, só em alguém que não
nos é nada, mas que nos desperta as mais incríveis paixões e
sensações. Também podemos encontrá-lo na pesquisa
científica ou na literatura, na música, na política, no
desporto, no trabalho, na necessidade de nos transcender
espiritualmente, na boa mesa, nos estudos ou nos prazeres
obsessivos dos passatempos predilectos... Enfim, é
"Alguém" ou "Algo" que nos faz "Enamorar" da vida e nos
afasta do triste destino de "ir vivendo".
E o que é "ir vivendo"? Ir vivendo” é ter medo do
amanhã. É unicamente a forma de observar o viver dos
outros, é deixar-se dominar pela depressão, saltitar de
médico em médico, tomar remédios multicoloridos, afastarse
do que é gratificante, queixar-se decepcionado de cada
ruga nova observada no espelho, é aborrecer-se com o calor
ou com o frio, com a humidade, com o sol, ou com a
chuva. Ir vivendo é adiar a possibilidade de desfrutar um
Hoje, ansiando um incerto mas muito melhor AMANHÃ.
Por favor, não se contente com "ir vivendo". Procure
arranjar um Amante, seja também um e seja o protagonista
da SUA própria VIDA... Acredite: a tragédia não é morrer!
Afinal, a morte até tem boa memória, nunca se esquece de
ninguém. O trágico é desistir de viver. Por isso mesmo, e
sem mais demoras, procure um Amante...
A psicologia, após longos estudos sobre o tema,
descobriu algo transcendental: "PARA SE ESTAR
SATISFEITO, ACTIVO, SENTIR-MO-NOS JOVENS E
FELIZES, É PRECISO CONSTANTEMENTE
NAMORAR A VIDA".
(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do
original "Hay que buscarse un Amante")

Anónimo disse...

È assim memo Zé Sobral! Assim é que eu gosto de ver!
Está tudo a 200%

Abraço do

TZE SEN TUNG